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Enquanto na viagem ao Paraná na quinta-feira, dia 14, o presidente Fernando Henrique Cardoso pedia paz entre os partidos em Brasília, o presidente nacional do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), declarava guerra.
– Estamos prontos para tudo, inclusive para a guerra – disse Bornhausen a seus comandados.
A cúpula também avaliou os números da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), nas pesquisas de intenção de voto. Imediatamente, o PFL foi à guerra. O líder do partido no Senado, José Agripino Maia (RN), ficou encarregado de convocar o ministro da Saúde, Barjas Negri, a explicar por que o Ministério da Saúde contratou, ainda em 1999, uma empresa para fazer varreduras nos telefones do ministério, à procura de grampos. Até agora, o ministério pagou R$ 1,19 milhão à empresa contratada para identificar possível espionagem.
Na Câmara, o líder do partido, Inocêncio Oliveira (PE), disse que não sossegará enquanto não cassar o mandato do secretário-geral do PSDB, deputado Márcio Fortes (RJ). Ele acusa o tucano de ser o responsável pelo dossiê contra a família Sarney, oferecido ao governador do Rio, Anthony Garotinho (PSB). Fortes, por sua vez, já anunciou que exigirá indenização por danos morais de todos os parlamentares que assinarem o pedido de abertura de processo por quebra de decoro parlamentar contra ele.
A guerra continuou pelo dia todo. Os partidos de oposição anunciaram a coleta de assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a apurar se os telefones de Roseana Sarney e de suas empresas foram grampeados e por quem. Inocêncio afirmou que PFL assinará o pedido de CPI, porque ao partido interessa apurar a atuação dos arapongas.
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